quinta-feira, 30 de julho de 2009

Tatuagem

Nunca tinha perdido alguém tão perto - aliás, perto demais pro meu gosto - mas descobri algumas coisas nesse momento. Eu e a minha dádiva de ver ensinamentos nos momentos ruins.

Não viver para o trabalho foi um dos meus maiores aprendizados. Por maiores que sejam seus salários e benefícios eles nunca, mas nunca mesmo comprarão a sua saúde e nem a passagem de volta das pessoas que já se foram.

Não me privar da convivência com as pessoas que amo. Fiquei algum tempo sem ver meus pais e a saudade corroía.

Nunca deixar para amanhã o que DEVE ser feito hoje.

Nunca pensar que o que está ruim e difícil não ficar muito pior. Não duvide, eu garanto, pode piorar e piorar muuuito.

E o maior ensinamento: nada acontece por acaso.
Muitas vezes tudo acontece para que nossas perguntas sejam respondidas, e são muitas.

Mas voltando ao assunto, conviver com quem perdeu alguém não é tarefa fácil pra ninguém. Sem mais nem menos o choro vem, tem momentos em que não dá vontade de sair da cama, e tem uma hora que tudo isso enche o saco. Mas a tristeza e a dor ainda perdurarão por mito tempo.

Alguns criam armaduras, blindagens ou cascas artificiais para conseguir conviver com a dor. Todos criam essas cascas. Eu também criei.

Pra não chorar o tempo inteiro, criei a casca do bom humor e da alegria. Fazia piada de tudo, inclusive de mim.
Com o tempo me acostumei com essa casca. Percebi que andar com esse escudo me fazia bem, afinal é melhor rir do que chorar, pricipalmente esteticamente.Fico uó quando eu choro, nariz vermelho - leve em consideração que ele não é pequeno - cara inchada e muitos lenços de papel.

Minha blindagem virou estilo, comecei a usá-la em todos os momentos, virou uma marca registrada.

Deixo pra chorar quando estou no singelo trajeto de casa pra o trabalho ou do trabalho para casa. E olha, o caminho é longo.

Há algum tempo instituí a alegria como lema, e em breve vai virar tatuagem.
Não é fácil, mas tente, quem sabe você também não consegue.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Pai substituto

Tive um pai de verdade. Pai daqueles que não precisava falar, que não precisava pedir. Ele fazia antes de precisar. Ele não deu brechas para eu dizer: queria tanto ser filha do pai do fulaninho...Não deixou mesmo.

Muitas vezes tirou do dele pra me dar. E não fazia isso porque era meu pai, fazia isso porque era um cara fenomenal. Fazia por todos. Ele realmente fazia o bem sem olhar a quem. Já vi ele fazendo por várias pessoas.

Ouvi muitas vezes questionamentos de como eu reagiria caso a minha mãe arrumasse um namorado. A resposta foi sempre a mesma: minha mãe tem mais é que ser feliz. Agiria normalmente.

O namorado da minha mãe, nunca vai ser meu pai. Só arrumam substitutos para o pai aquelas pessoas que não tiveram um pai presente, ativo e espetacular. As pessoas só são substituídas quando elas deixaram buracos a serem preenchidos.

O que acontece é que nos 25 anos que convivi com ele, ele foi inteiro, total, sem máscaras ou personagens. Foi ele.
Foi o pai mais companheiro e amigo que já conheci.
Ninguém chegaria nem aos pés dele. Não teria espaço para ser meu pai.
Meu pai não deixou nenhum espacinho para alguém substituí-lo.

E não me venha com essa história de que toda pessoa é substituível que não é. Ela pode ocupar o mesmo lugar, fazer as mesmas coisas, mas se a pessoa que veio antes não deixou brechas pra essa pessoa substituí-la, isso nunca irá acontecer.

Por isso que ninguém tomaria o lugar do meu pai. Ele realmente foi tão completo que não tem nada que a outra pessoa possa fazer no papel de meu pai. Ele foi tudo o que poderia ter sido e um pouco mais.

Saudade

Saudade não é um estado de espírito, não é uma ação, não é um verbo, não é uma qualidade.

É um sentimento.

Um sentimento que dói, que maltrata, que aparece nos momentos mais indiscretos - na fala, nos pensamentos, nas ações, na vida, no caminho de casa, no carro, na conversa, no banho, no almoço, no jantar, nas lembranças e nos planos para o futuro.

Só tem saudades quem experimentou e não experimenta mais. Quem conviveu e não convive mais, quem viu e não vê mais, quem beijou e não beija mais, quem abraçou e não abraça mais, quem presenciou e não presencia mais.

Sentimento mais esquisito. Uma hora nos leva às gargalhadas em outras às lágrimas.

Mas como bem disse minha prima, só sente quem viveu.

A imposição da fé.

Muitas coisas nos são impostas nessa vida, mas nem tudo o que é imposto tem o efeito que deveria.

Dentro de um ônibus - transporte público e coletivo - um grupo de jovens canta em alto e bom som músicas religiosas. Batem palmas, gritam, batem os pés no chão. São 20h40.

Algumas pessoas se aborrecem, outras colocam o fone no ouvido (nosso querido MP3) e outras, que não têm escolha, ficam ouvindo berros em seus ouvidos.

Nesse horário as pessoas normalmente estão voltando um bocado cansadas para suas casas após um dia cansativo de trabalho. O que menos querem são gritos e cantoria, independente do que esteja sendo cantado, em um coletivo.

Vamos às discussões:
1) O ônibus, como citei aí em cima, é um transporte público e coletivo. Bem, público o nome já diz todos podem entrar, desde que paguem a passagem e coletivo porque é usado por várias pessoas coletivamente.
Então. Dentro desse ônibus podem passar pessoas de diferentes raças, etnias, credos, crenças e não é o lugar de impor a sua crença. Do mesmo jeito que aquelas pessoas estavam certas de que a sua crença era a melhor, a mais adequada (independente do motivo) outras pessoas também tem essa certeza e isso precisa ser respeitado.

2) O Brasil é um Estado laico, simplificando, é neutro em relação à religião. O país não tem religião oficial desde 1981 e a descriminação aos seguidores de qualquer religião é ilegal.

3) Em outros países existem guerras santas e provavelmente alguém sairia morto do coletivo supra citado.

Acho que todos tem o direito de propagar a sua fé, de querer buscar rebanho para suas igrejas, tem mesmo que propagar a palavra de Deus, pois o mundo está muito cruel, mas faça isso de comum acordo com as pessoas. Não imponha.

Muitas pessoas não acreditam em Deus: é um direito delas. É a crença delas e deve ser respeitada. O que faz dela pior ou melhor do que um cristão!? Nada.

Outras crêem em suas crenças (confuso, né. Mas é isso mesmo que eu quero dizer) e estão felizes e em paz com elas. Deixe-as quietas.

Eu, particularmente não tenho religião, mas tenho muita, mas muita fé em Deus. Mas ninguém tem nada a ver com isso. A fé é minha e ponto.

Vamos com mais parcimônia, Deus não é surdo e nem tã pouco quem está ao seu redor (vai ver até tem um surdo, mas a grande maioria ouve bem). Vamos respeitar o momento individual de cada um, vamos saber viver em comunidade - a sua liberdade termina onde a minha começa - e vamos disseminar a nossa fé apenas com quem está afim.

Cada um tem seu tempo, acreditando ou não. Você não tem como saber se aquele é o tempo da pessoa, só Deus. Então, RESPEITE.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Quero ser criança novamente

O ser humano é um bichinho estranho.

Quando é criança, fica doido pra ser mais velho, pinta unha, usa batom, parte o cabelo de lado só pra todo mundo achar que já é adolescente.
Nesse momento as únicas preocupações do sujeito são: brincar e saber a hora que passa o desenho preferido. Bons tempos!

Quando chega a adolescência o importante mesmo não é nem curtir, é ter 18 anos pra entrar na boate, tirar carteira e beber. Ninguém pensa que tem que votar e pode ser preso.
Esse é o momento das descobertas, da curtição, de não ter nada pra se preocupar - apenas tirar boas notas na escola, senão os pais enchem o saco - de dormir a tarde, ver televisão, sair com os amigos - depois as relações mudam e muito.
Adolescente quer liberdade, e liberdade não quer dizer só ter um quarto pra ele, é pouco. Quer mesmo é sair de casa, não morar mais com os pais. Sendo que nesse momento, responsabilidade é apenas tirar boas notas e avisar pra onde e com quem está indo.

Aí, chega a fase adulta. Você tem que trabalhar, casar, ter filhos, trabalhar mais, dar conta da casa, pagar contas, limpar a casa, ser bem sucedido, um profissional de sucesso, malhar pra ter um corpo maravilhoso, se alimentar bem porque a gravidade já tá mostrando a que veio...
Tudo o que você quer é o conforto e a estabilidade de morar na casa dos pais - sem a chateação e encheção de saco - não ter contas pra pagar, chegar em casa e ter comidinha pronta, ou a geladeira cheia de coisas que você gosta - porque seus pais sabem que você vai chegar com fome e não vai querer jantar, mas sim, fazer um lanche rápido - roupa lavada, quarto arrumado, cama forrada. Pode tomar um banho quente e demorado - afinal não é vc que paga a conta - deitar e ligar o ar condicionado e dormir. Dormir até acordar...

Eita povo desorientado. Qual o problema de aproveitar os momentos da vida sem querer antecipar o que ainda está por vir ou voltar ao que já passou!?

Todas as fases da vida têm prós e contras, claro, como tudo na vida. Mas em cada fase eles são do tamanho da nossa maturidade.

Que tal vivermos esse momento como devemos!? Sem querer ir ou voltar antes de hora!?
Complicado, né!?

Na verdade, complicado mesmo é o tal do ser humano. Ô povinho insatisfeito com tudo!!

A tecnologia ao alcance de todos


Estávamos nós, eu e Ju, caminhando tranquilamente pelas ruas catingosas (fedô de coco de cachorro, pelo amor de Deus) de Jardim da Penha quando de repente uma menina e sua música, um belo funk para alegrar nossa hora do almoço, passam pela gente. Era o celular.

Que bom. Mas vou explicar algumas coisas a respeito da vida em comunidade, novamente, estou ficando repetitiva!!

As pessoas que trabalham com tecnologia estão o tempo todo pensando em como criar mais uma traquitana tecnológica que nos traga conforto e comodidade.
Primeiro criaram o celular, um gênio! Criou um telefone portátil, uma coisa muito útil para os dias de hoje, pouco tempo, muitos compromissos,muita informação e tals...
Depois acoplaram ao celular agendas, calculadora, conversor de moedas, crononômetro, rádio FM, câmera, gravador de voz, até que colocaram o infeliz do tocador de MP3.

Meu povo. Criaram isso pra a sua comodidade, para não precisar levar um monte de aparelhos na bolsa. Só o celular supriria a sua necessidade tecnológica! Mas as pessoas não entendem.

Acham que, na verdade, o celular com tocador de MP3 é uma miniatura daqueles sons gigantes que os "negões" americanos carregavam nos ombros nos anos 80 para espalhar seu som e sua dança pelas ruas da cidade.

Ok, gente, eu estou aqui pra dizer que não, não foi com essa intenção que os tocadores de MP3 migraram para o celular. Perceberam que eles vêm com fone de ouvido, então. É pra usar!!!!!!!! Principalmente porque EU posso estar do seu lado e não gostar da música que você está ouvindo. Entendeu!? Afinal, gosto é igual a bunda, cada um tem o seu!

Entenderam!? Por favor, não envergonhem os criadores dessa geringonça tecnológica que veio pra nos dar comididade e carregar menos inventos dentro de nossas queridas bolsas... mas por favor, usem com parcimônia, porque o que era pra ser bom está quase irritante...

Eu não mereço voltar pra casa cansada, no Transcol - Terminal de Itacibá x Terminal de Jacaraípe - ouvindo funk, mereço!?

Anjinho


Tem gente que aparece na nossa vida só pra nos dar carinho, amor e muito abraço gostoso. Um cheirinho no cangote, um mordida na bunda e muito beijo...

Uma pessoa dessa apareceu na minha vida. É a coisa mais linda de viver, um rapazinho muito lindo que apareceu na vida de todo mundo pra acalmar os corações e fazer a gente muito feliz.

O caçulinha e o segundo homem da família nasceu para dar muita alegria a uma família completamente desunida mas cheia de amor. E olha, mesmo pequenininho, ele já juntou muita gente!

Ele só tem um problema, mora muito longe de mim, e os beijinhos e cheirinhos são dados de meses em meses.

Noite dessas sonhei com ele, e fiquei com o coração apertadinho. Ai que saudade.
Te amo amor.
Juju tá morrendo de saudades de você, viu Jajá!

Alucinação


Ao telefone, bem baixinho, ofegante e devagar...
- Minha filha, vai no supermercado e compra carne e carvão pra gente fazer um churrasco . Isso aqui tá muito desanimado.

Ele estava internado, tomando remédios bem fortes. Era uma alucinação, provavelmente.

Mas se ele estivesse lúcido, provavelmente pediria a mesma coisa. Adorava ter muita gente em volta dele. Principalmente quem ele gostava.

...você deve estar tomando todas as Brahmas com Papai do Céu, heim!

Desapego


- Porque vocês não vem pra cá no final de semana!?
- Estou sem dinheiro pra gasolina.
- Você precisa de quanto pra chegar aqui?
- Uns R$50,00
- Olha quanto tem na minha conta.
- R$ 50,00
- Coloca de gasolina e vem.
- Mas.. vai ficar sem dinheiro, tá louco!??
- Dinheiro a gente arruma depois. Tô é com saudade de vocês.
No outro dia a gente tava lá!!!

Ô saudade que machuca!!!

Mas não é minha casa


Viver numa casa que não é sua, não é tão simples assim. Mesmo sendo bem recebida, por mais que as pessoas não interfiram na sua vida - e você na delas - por menos que se tente incomodar,por mais que se tente andar nos trilhos, a casa não é sua.

A vida é mesmo louca, tem altos e baixos. Um dia estamos na nossa casa - fruto do suor do trabalho de alguém - na outra ela é vendida e passa-se a morar numa casa alugada. Passa a ser a sua casa. Você é dono momentaneamente dela. Muda de novo e de novo.

Até que essa última casa é excelente. Ótima localização, funcionários bacanas, boa vizinhança - meio ruidosa, é verdade - aí você se acostuma, já é sua casa - alugada, mas é.
Até que um dia, um homem bate a sua porta às 7h da manhã - oficial de justiça - ok, mas não podia ser um pouquinho mais tarde!? - ordem de despejo, ui! Hã!? Precisa pagar aluguel, tô sem dinheiro, passa depois!!!
Você não possui essa facilidade, senhora!!

Ok, despejada. Uma boa, generosa e desapegada alma te oferece abrigo. Você aceita. Jura que é provisório, mas já se passaram 3 anos :(

Você fica quieta, tenta ser o mais invisível possível, mas ainda aparece aos olhos dos antigos moradores, não tem jeito.

E porque ainda está lá!? Sai de lá se te incomoda tanto. Não posso. Não tenho condições financeiras para bancar uma casa: aluguel, condomínio, luz, água, telefone, supermercado, e todas as outras despesas que se tem quando mora-se sozinha.
A palavra é vergonha. Você trabalha tanto, de sol a sol, chuva, frio,calor e não pode ter uma casa só sua?

É... mas a vida é maluca, lembra!?

Da noite pro dia, no meio do caminho aparece um financiamento do governo - aposto que não foi o Lula que pensou nisso - um apartamento com preço bom, com financiamento que cabe no bolso e pronto.
Entrada dada, apartamento comprado, contrato assinado, planos feitos.

Em março fica pronto.

Êta vida mais maluca. Um dia tem casa, no outro não tem, no outro mora de favor e no outro compra seu próprio apartamento... que coisa, né!?

A vida é maluquete mesmo, mas tem dedo seu aí, heim, pai... tô de olho, viu!?

E essa casa é nossa, né, Xó! Minha e sua!

E os amigos, podem ir fazendo a poupança porque ou eu compro o apartamento ou os móveis!!! huahauhauahuahuahauhauhauhauhau

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ônibus

Descobri que andar de ônibus é o melhor laborátório de observação de gente que existe nesse mundo.

Dentro do ônibus as pessoas são autênticas, não tem frescura, não tem posturas a serem seguidas. As pessoas são elas mesmas, de carne e osso.

De manhã, sono. Momento de ler o jornal, colocar a leitura da bíblia em dia, ouvir música (mp3 e celulares a todo vapor) ler o livro, conversar com os colegas de ônibus - sim, faz-se amizade nos ônibus - e dar uma cochilada, afinal, é preciso sair muito antes de casa quando vai de ônibus.

Se for cedo, silêncio. Quem está sentado vai dormindo, e quem está acordado, na verdade só está de olhos abertos. Pouca conversa,porque efetivamente ninguém acordou.

Se for mais tarde, aí sim tem conversa. Os amigos de ônibus colocam a conversa em dia. Falam do trabalho, dos filhos, do marido, da esposa, dos problemas, da igreja, do pastor, do final de semana (sei disso porque presto atenção em tudo, em todos, em tosas as conversas - olhos bem abertos).

De noite, se for cedo: conversas. Sabemos tudo o que aconteceu no dia. Do passeio que a pessoa fez no shopping até a briga com o chefe.
Mas se for tarde, silêncio, quase uma madrugada. As pessoas estão cansadas. Precisam descansar, porque no outro dia vai começar tudo outra vez.

As pessoas sabem os horários, se vão chegar no ponto na hora ou vão perder o próximo ônibus. Se vão encontrar o colega ou se ele está no ônibus que já passou.

Você faz amizade com o motorista, que te espera mais um pouquinho quando vê você correndo pelo retrovisor, atrasada e com o sapato na mão. Com o trocador, que deixa você passar na roleta sem pagar nos dias de aperto ou esquecimento - amanhã você me dá o dinheiro, pega esse ônibus todos os dias mesmo!!!

É realmente um lugar para observar porque tem de tudo: gente que vende bala - ah, a moda agora são ganchos com as balas colocadas em saquinhos transparentes, a caixa de sapatos com balas é passado - gente que vende paçoca, que vende roupas, bijoterias, Avon, Natura, Racco, Hermes e tudo mais o que você imaginar...

Parafraseando Ivete Sangalo "tem gente de toda cor, tem gente de toda fé", ah, se tem...tem pastor que ora, tem padre que reza, tem ex-drogado que lê a bíblia, tem mãe de santo, tem negro, tem loira, tem moreno, tem branco, tem ruivo, uma salada.

Tem rico, tem pobre, tem pobre que acha que é rico, tem rico que acha que é pobre, tem gente indo pro trabalho, pra escola, pro médico, pro shopping, pra visitar parentes, para se despedir de parentes....

Tem de um tudo dentro do bom e velho Transcol. Gostou, paga R$ 2,00 e passeie por todos os terminais que quiser. São 9 a seu dispor! Delicie-se, fique a vontade!!!

Nasci em berço de ouro...

mas papai faliu e me colocou numa caixinha de maçã!! huahauhauhaua Adoro essa frase!

Quando você não tem nada e de uma hora pra outra tem tudo... nossa que coisa maravilhosa, vamos desfrutar de tudo isso que a vida nos presenteou.
Mas quando você tem tudo e de repente não tem nada. Ops, para tudo que eu quero descer.

Mesmo nunca tendo esbanjado, usado roupas de marca ou jogado dinheiro em aviõezinhos como Silvio Santos, quando o equilíbrio financeiro aparece com uma labirintite o cara no mínimo pira o cabeção.

De uma hora pra outra, o que era normal passa a ser luxo, o que era comum passa a ser necessidade básica e o que era necessidade vira supérfluo.
- Comida é necessidade;
- Refrigerantes, sucos e embutidos são luxo;
- Plano de saúde é supérfluo.
Mas lembra daquele dom? Aquele de sempre ver coisas boas onde você nunca imaginou que pudesse ter!? Então, ele entra em cena para mostrar que tudo vale a pena se a alma não é pequena.

Outras coisas passam a ser muito mais importantes: companheirismo, afinidades, relações, família, pai, mãe... essas coisas.
E você começa a aprender que nem tudo é o fim do mundo e que você pode ser tão ou mais feliz do que era.

Fácil, né! Não.... nada disso. Chegar em casa e não ter nada no armário pra comer, não é facil. Mas chegar em casa e ver seus pais te esperando com casos pra contar e gargalhadas pra soltar... ah... isso é bom.

Trocaria os meus menores luxos e até o que é necessário pra ter aquelas gargalhadas de volta, né pai!?

Burrice funcional

Sabe aqueleas pessoas que são burras de doer. Aquelas que quando abrem a boca, você fecha os ouvidos para não ouvir!? Essas, mesmo. Você conhece uma? Eu conheço várias.

Estamos em 2009 (não me canso de relembrar isso), temos acesso às mais diversas formas de informação: TV,rádio, internet, jornal, revista, um amigo mais culto, livros, bula de remédio, rótulo de shampoo... enfim, tudo é informação. Mas tem gente que não usa nada de nada para sua vida. Jesus, que medo. Livra-me dessas pessoas.

Burrice funcional - meu conceito, que acabei de criar - é aquela de gente que estudou em boas escolas, que têm acesso a todas as formas de informação, que tem dinheiro para investir em cultura, mas acha caro. Acham caro pagar R$ 60,00 num livro ou em assintaura de 4 revistas, mas não acha caro pagar R$ 100,00 por um anel da moda.

Ninguém é obrigado a andar com uma enciclopédia embaixo do braço, para saber sobre todos os assuntos, mas não custa pelo menos saber conversar, se portar, e ficar calado quando não tem nada de pertinente para falar.

Não saber não é defeito de ninguém, mas não querer ou não procurar saber é um dos primeiros sintomas da burrice funcional. Aliás, vamos aos sintomas, fique alerta para ver se você não está pegando. Ah, sim, esqueci de avisa, pega e pega feio!!

- Não ter interesse em saber de nada que dê um pouquinho de trabalho, ler uma matéria de 3 páginas em uma revista semanal, por exemplo é tarefa muito árdua para o indivíduo com essa síndrome.

- Não querer saber nada além do seu ofício. Sabe "cara, crachá!?, então, é isso mesmo. Nada que possa ajudar no seu trabalho ou na sua vida mesmo. Pra quê tanta informação se tem outra pessoa que faça. Dica da minha mãe: pra saber mandar, tem que saber fazer.

- Perguntar pra você o motivo pelo qual você assina 4 revistas de segmentos tão diferentes: semanal, moda, saúde e decoração. Você gosta!? Não, é só pra dar uma pinta na mesinha central da minha casa!

- Ficar chocada com o quanto de dinheiro você "gasta" com livros e falar: queria ler igual a você. Então pega um livro, abre e lê! Simples assim!

- Ficar chocada como você sabe de coisas que ela não sabe. Dãããã... lê infeliz.

- Outro sintoma, muito bem lembrado pelo amigo Bira: preguiça de pensar. Então a pessoa compra uma opinião de alguém, porque não tem capacidade de formar a sua - isso dá muito trabalho - ou então fica calada... melhor assim!

Gente. Não custa nada ler um pouquinho, se interessar por outros assuntos ou por um que seja. Mas cultura e aprendizado não fazem mal a ninguém. Além do mais são as únicas coisas que ninguém pode te roubar, a não ser uma amnésia súbta.

Eu não admito - e aí estou dizendo eu, Juliana (é minha singela opinião) - gente burra, que não quer aprender que tem os sintomas acima...

Mas admito que tudo é uma questão de educação. Vim de uma família de leitores e na minha casa livros não eram enfeites, eram objeto de estudo, leitura e algo a ser compartilhado. Meu pai e minha mãe sempre leram e muito. Meu irmão lê mais de um livro ao mesmo tempo. Meu pai podia nos negar qualquer coisa, mas nunca nos negou um curso, um livro, uma apostila. Há, outra herança de papai!

Mas isso também não é desculpa. Quando a gente cresce pode mudar o jogo, aprender coisas novas e nos libertar de "erros" que nossos pais cometiam.

É só querer!!

Sabe aquele dia!?


Sabe aquele dia que você quer estar num lugar diferente de todos os outros em que você já esteve?

Uma vontade de estar no seu café preferido com um caneca numa mão, um bom livro em outra (falarei deles em outro momento), um caderninho pra anotar aleatoriedades, um pão de queijo bem quentinho e várias páginas de leitura para devorar.

Ou vontade de estar numa praia, longe, vazia, mas com um super bangalô com almofadas e um garçom (pode ser garçonete, ok) pra servir bebidas coloridas e com sombrinhas coloridas em cima do copo, uma porção de camarões (bem grandões), um biquini de arrasar quarteirões, aquele chapelão (eu detesto, prefiro os bonés, mas pra dar pinta e bucolismo prefiro o chapelão), aquele oclão e aquele mar azulzinho/verdinho convidando a um mergulho...águas claras e mornas...hummmmmmmm

Aquela vontade de estar em casa, ver Mais Você de manhã, depois tomar um banho, almoçar num restaurante gostoso, depois dar uma cochiladinha, retocar a maquiagem e sar uma volta no shopping. Depois das váááááárias compras, uma passadinha no cinema pra ver aquela comédia romântica (que os homens odeiam). Depois encontrar com seu amor, sair pra jantar e depois... ah... depois você sabe, pula!

Queria ir pra um deles agora, nesse exato momento...viajar, conhecer o desconhecido, comer em lugares diferentes, falar com pessoas que não conhecemos...

Acho que isso me lembrou férias...é o momento ideal, sem preocupações, sem emails enormes pra ler, sem horário pra acordar e dormir...delícia...

Pena que as minhas são só em janeiro. Ok, eu espero.

Colega


Amigo de verdade pode tudo e sabe de tudo.

Se não sabe o telefone, procura;
se o telefone não atende, vai lá;
se o telefone quebrou, pega emprestado;
se sabe que o seu quebrou, empresta um.

Se não viu, pergunta pra quem viu;
se não sabe, procura saber.

Se está com saudades, no mínimo, liga;
se está preocupado, liga;
se está angustiado, liga;
se continua preocupado, vai lá.

Se errou, pede desculpas;
se brigou, emburra, mas leva "na boa".

Se gostou, agradece;
se não gostou, fala logo;
se irritou, briga;
se brigou faz as pazes.

Se marcou, vai;
se não pode, remarca;
se enrolou, liga;
se furou, se desculpa.

O que amigo não pode fazer é exatamente isso: NÃO FAZER!
Amigo que é amigo dá um jeito, procura, liga, manda recado, sinal de fumaça, mas aparece.

Se não apareceu, se mentiu, se trocou o amigo por outra coisa e não falou, se o amigo não tem prioridade... então, me desculpe. Você é colega!
Foto: www.gettyimages.com

Velhos amigos

Reencontro de amigos que não se veem a muito tempo. Conversas em dia, risadas, sentimentalismos e... saudade, muita saudade de um tempo bom que não volta mais.

A vida que no começo era tão parecida: casa dos pais, escola, cursos a tarde, lanche na casa do amigo, horas no telefone, bilhetinhos durante a aula, conversas intermináveis que incomodavam o professor, gargalhadas intermináveis, horas de "estudo" "perdidas" entre gargalhadas e fofocas, idas ao shopping e encontros diários.

Hoje as vidas tomaram outros rumos: uns fizeram Direito (ou quase todos), outros comunicação, uns casaram e foram morar fora do país, outros ainda solteiros e no rock, outros namorando. Uns mudaram de cidade, outros estão no mesmo lugar.

As vidas que eram tão comuns e iguais, os mesmos programas e interesses, mudaram e mudaram drasticamente, da água pro vinho. Ganhamos, perdemos, vivemos, choramos, sorrimos, lamentamos, experimentamos, caímos, levantamos, corremos... ô vida doida.
E essa loucura às vezes nos distancia tanto das pessoas que parece que moramos em paises diferentes. Perdemos o contato mas perdemos as coisas boas também: o carinho, a convivência, as conversas, as confidências, o dia-a-dia, as conquistas, as derrotas, ou seja, quase tudo.

E relembrando a história de que ainda dá tempo, acho que ainda dá tempo de resgatar essas amizades tão importantes e verdadeiras, que fazem parte da nossa história e da nossa vida. Acho que temos que agarrar, com unhas e dentes - vou com unhas porque meus dentes não são lá essas coisas - e tentar o máximo que pudermos não deixar que elas escapem.

Mas se de tudo não tiver jeito e escapar de tão pertinho assim, tenho certeza, não é amizade. Amigos lutam e brigam uns pelos outros não se entregam a luta contra a correria e os compromissos diários.

Amigas queridas que eu encontrei ontem, tenho certeza que é amizade. A gente se conhece desde o tempo no New Kids on The Block, do Polegar... Não vamos deixar que essa parte importante da nossa vida suma, acabe.

Proponho até um encontro OBRIGATÓRIO MENSAL. Sem possibilidades de furo - e nem de doenças, ok, Marcela!?

Beijos, amo vocês, foi maravilhoso encontrar ontem com vocês. Não vamos esperar mais um ano pra isso acontecer! Vamos nos encontrar nem que seja pra tomar um café.

Minha sugestão: Café Bamboo, na Praia do Canto. Lá é ótimo!
Beijos

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Descobertas

Coisa boa é descobrir coisas. Descobrir o creme perfeito para o nosso cabelo, aquele esmalte que combina com a cor da nossa mão, a cor da base que combina com nosso tom de pele, o sapato lindo que não aperta o calcanhar e não dá bolhas, o melhor café da cidade, a hora da fornada da padaria, o dia de promoção na locadora perto de casa..

Agora, melhor mesmo é descobrir pessoas. A gerente do banco que quebra seu galho pelo telefone, o garçom que te conhece pelo nome, a faxineira que limpa tudo e ainda faz uma comidinha pra você, o marceneiro que entrega no prazo, o grande amor da sua vida... êta coisa boa!

E quando você descobre uma pessoa que sempre conheceu? Que desde pequena você convive mas descobriu mesmo há poucos anos!?

Tenho uma história assim. Há pouco descobri uma prima.Não me lembro bem da nossa infância, mas nos relacionávamos bem. Não era uma sintonia fina. O que lembro é que tava tudo bem e daqui a pouco o caldo entornava. A gente brigava. Coisas de criança. Mas acho que não era porque a gente não se gostava, pelo contrário, era porque a gente se gostava demais.

Mas não vingou nem na infância e nem na adolescência essa amizade. Acho que os 600km que nos distanciam ajudaram nisso.

Mas foi depois de adultas, há poucos anos, menos de 4, eu diria, que nos redescobrimos.
Não somos iguais, nem parecidas e nem diferentes. Somos complementares e adoramos fofocar. Quando não ligamos uma pra outra (ok, eu sei, você me liga muito mais do que eu te ligo, eu admito) a gente troca email. E é tã natural que parece que somos amigas há anos.

Verdade, perdemos um tempo precioso, mas somos novas, ainda temos muito tempo!!! Ainda vamos nos redescobrir dia-a-dia.

E essa, eu tenho certeza. Não vai ser como as outras descobertas que tive, não vai sumir.

Amo essa velha prima nova.
ps: é bom ser loira?
Love you!

Segunda-feira

Segunda-feira eu vou começar a dieta, parar de fumar, voltar pra academia, parar de roer unhas, parar de comer doce, abolir o chocolate da minha vida. Não vou beber mais, não saio mais, vou marcar dentista,vou marcar depilação, vou parar de ligar pra ele, vou correr no calçadão, vou parar de ver televisão até tarde, vou dormir cedo, vou começar a estudar pra concurso, vou visitar aquela tia chata, vou procurar uma faxineira nova, vou parar de gastar, vou fazer meu orçamento financeiro, vou fazer hora extra pra ganhar mais, vou voltar pra ioga, vou parar de comer tira-gosto, não tomo mais Coca-Cola, não uso mais açúcar - só adoçante, só vou tomar sopa, não como mais biscoito-só legumes, verduras e frutas - só as que têm muita água e pouco açúcar. Não tomo mais café - só chá verde...

Ah, tá!
Entendeu porque ninguém gosta do domingo!?

Pra alegrar...


Melancólicos os últimos posts, né!

Ele não conseguia falar crocante, nem soteropolitano...Segundo ele, ele tinha a língua "plesa".

E claro, todas as vezes que ele tentava falar essas palavras eram muitas gargalhadas de perder o fôlego e vários pedidos pra ele repetir...como é que é pai, cocrante???? hauhauhauhauhauah

Ele repetia e eu ria...até que ele dizia: vai tomar no c*, Juliana!

hauhauhauhauahuahuahuahuauahauhauhauahuahua, bons tempos que não voltam mais!!!

Foi mais ou menos assim...

Começou em dezembro.
Num belo dia minha mãe me ligou preocupada - mas na verdade estava desesperada com meu pai. Ele estava triste e de cama. Como assim!? Nunca tinha visto meu pai doente, a não ser uma gripe passageira, NUNCA teve uma dor de cabeça, acredita!? Pois acredite.

Ele estava reclamando de dor nas pernas e achava que poderia ser uma crise do nervo ciático. Tomou remédios. Natal e ano novo tristes.
Na outra semana – já era janeiro - não teve jeito, levamos a um geriatra indicado por um médico de confiança. Ele confirmou. Era realmente uma crise do nervo ciático combinada com uma anemia. Muitos remédios de bifes de fígado depois e ele ainda estava sentindo dores, sem melhora e emagrecendo.

Bem, dor na perna é com ortopedista, certo!? Então, fomos ao ortopedista. Este olhou e disse que não era nada ortopédico, era um problema clínico e pediu exames: ressonância, raio x e tals.

Mas já era tarde. Ele não conseguia mais andar, não queria comer, estava fraco e já tinha perdido mais de 10Kg. E isso ainda era janeiro.

Um dia eu estava em reunião com um cliente e minha mãe me ligou insistentemente. Meu pai tinha caído - tentou se levantar da cama e não teve forças – um corte na sobrancelha e sangue, muito sangue.

Eu e minha mãe decidimos que era preciso acompanhamento médico em um hospital. Não era normal um homem saudável cair de cama assim.
Mas não tínhamos nem dinheiro e nem plano de saúde. O Hospital Metropolitano, cliente da agência, preparou a equipe e colocou a disposição do meu pai. Fomos pra lá no outro dia.

Meu pai saiu de casa sem saber o porquê de estar indo pro hospital. Não andava e foi preciso colocá-lo sentado em uma cadeira para que Bruno e Rodrigo o levassem para o carro. Estávamos eu e ele no carro. Ele me perguntou cansadamente baixinho o motivo de de estar indo pro hospital. Minha filha, eu vou melhorar, é besteira ir pro hospital.

Ele saiu de casa sem saber que não voltaria mais. E a gente também. Nunca imaginamos que o que ele tinha era tão grave. Câncer. Daqueles violentos que quando dão sinal já estão nos finalmente!

Ele foi internado na Santa Casa no dia 08 de fevereiro. No dia 15 foi pra a UTI – esse foi o último dia que vi meu pai – dia 20 ele faleceu. Insuficiência Respiratória e neoplasia pulmonar.

Deus levou para perto dele uma das pessoas mais importantes da minha vida. Arrancou das nossas vidas uma peça chave, o elo de ligação, o elo do equilíbrio e da paz, sem ao menos nos dar a possibilidade de nos preparar.

Ok, foi melhor pra ele. Não sofreu meses e anos a fio contra o câncer, foi rápido, menos traumático pra ele. Foi melhor assim. Seria egoísmo nosso querer a presença dele mesmo com tanto sofrimento.

Não, ele não merecia isso. E Deus sabia disso. Deu a ele uma morte digna, digna de um homem bom, de caráter, incansável, uma das pessoas mais corretas e íntegras que conheci nessa vida. Fazia pelos outros em detrimento dele mesmo.

Pai, você faz uma falta...você nem imagina. Ainda bem que quando alguma coisa não vai bem, você aparece pra mim, em sonhos, mas aparece. Mata a saudade, mesmo que seja em sonho.

terça-feira, 21 de julho de 2009

A história de nós dois!


Era 1996, dezembro. Meu irmão fazia judô e me chamou pra ver um tal de “exame de faixa preta”. A expressão não me entusiasmou, imaginei que seria uma coisa bossal, não fui. Ele chegou tarde da noite, foi comemorar com os amigos que passaram no exame. Fiquei sabendo que rolou muito chopp e cachaça num pub de um amigo também judoca. Humm... acho que perdi.

Acho, sem certeza, que uma semana depois, dei de cara com um amigo do meu irmão, no corredor da minha casa indo lá consertar a “cagada” que fizeram no cabelo dele – ele tinha passado no tal “exame de faixa preta” e os amigos, nada amigos, rasparam a cabeça dele com uma máquina cega. Ui, lindeza! Humm...esse carinha é gatinho....

Depois desse dia comecei a frequentar o judô. O tal carinha, realmente me interessou. Sim, dei em cima dele e o meu irmão teve a grata ideia de falar com o carinha que eu tinha achado ele gatinho – racha a minha cara!!!

Treinos pra lá, competições pra cá. Fiquei com o carinha. Aquele, que eu encontrei no corredor da minha casa. Ele tinha 19 anos e eu apenas 14 (mas ele jurava que eu tinha mais!!!).

Em março começamos a namorar, no outro ano fizemos um ano de namoro e fomos construindo uma relação que a gente não botava muita fé, não. Ele me achava uma patricinha (não sei porquê) e eu achava ele um companheirão.

Então, estamos em 2009. 12 anos se passaram e cá estamos nós, juntos. Passamos por poucas e boas juntos e ele ao meu lado. Fez coisas por mim e pela minha família que nenhum parente (sangue do meu sangue) fez. Estamos caminhando juntos e conquistando coisas que jamais pensamos que conseguiríamos, mas estamos conseguindo.

É... tenho certeza que amo muito esse cara, que ele é o homem da minha vida.
Tá. E pra quê eu estou escrevendo isso!? Pra dizer que nem sempre o príncipe encantado está tão longe “dagente”. Muitas vezes ele pode estar no corredor da nossa casa e a gente nem vê.

Te amo, Cheirinho.

Heranças


Quando somos pequenos as pessoas ficam nos analisando pra ver de quem herdamos o sorriso, a cor dos olhos, o cabelo, as mãos, o nariz... Quando crescemos as pessoas ficam procurando justificativas hereditárias para os nossos defeitos: chata como a mãe, ranzinza como o pai, mal criada como o irmão. Quase nenhuma qualidade nos é atribuída.

Acho que essa história de herança vem com a gente desde pequenininho, né! Depois a gente amadurece, fica adulto, mais observador e começa a olhar pra gente realmente de outro jeito.

Ontem fiquei pensando...o que eu herdei de quem!? Hummmm, complexo isso, né! Pra dizer a verdade fiquei pensando o que eu herdei do meu pai, porque herança é coisa que se deixa pra os outros quando se vai embora. Acho que é na verdade, um presente, uma pontinha de presença física que a pessoa deixa na gente quando nos deixa. É um pedaço vivo de si, espelhado “nagente”.

Não herdei o nariz perfeito do meu pai, mas herdei as covinhas e o senso de humor - a gaiatisse como diz minha mãe – a responsabilidade, a seriedade, as gargalhadas, o poder de falar sério e as pessoas acharem que estamos brincando, e de brincar parecendo que estamos falando sério, os dedos e as unhas dos pés e das mãos, a quantidade de cabelo (mamãe também deu uma cooperada), o andar “dez pras duas”, as orelhas, a vontade de aprender, a fé inabalável, o bom relacionamento com as finanças (apesar de estar meio esquecido nesse exato momento), a dádiva de tirar uma boa lição de tudo o que vem de ruim (pai, ainda não consigo dormir direito quando tenho um problema, essa virtude sua era demais... não perder nenhuma noite de sono.. eu chego lá!!), o coração mole, a bondade, a mão aberta, o bico quando está de mau humor, as respostas rápidas pra tudo, o Santo Expedito na carteira, a folhinha de louro do ano novo, a gana de conquistar e o suspiro fundo e acompanhado de um fechar de olhos quando a gente acha que nada mais vai dar certo e de um “Meu Deus do Céu”, clamando pela ajuda divina.

É, pai. É bem melhor ter herdado todas essas qualidades do que o seu nariz. Ah, se é.

Mas bem que você podia ter me dado ele de quebra, heim!!! Ops, não vou reclamar não, eu podia ter nascido zoiudinha como os Malacco! Deixa isso pra lá. Prefiro minhas outras heranças.

Saudades...muitas, cada dia maiores.

21 de julho...ainda dá tempo

Segundo nosso querido Wikipédia:
o 202º dia do ano no calendário gregoriano (203º em anos bissextos). Faltam 163 para acabar o ano.

Que coisa, né!? Entrei pra saber se hoje se comemorava alguma data bacana, como o dia do amigo ontem. Mas descobri outra coisa.

Bom, já que ainda temos 163 dias até o final do ano - o que pra umas coisas é muito tempo e para outras, quase nada - acho que ainda podemos fazer alguma coisa até lá!!!

- Dá tempo de repensar nossas atitudes. Como pessoas, se estamos fazendo o que é realmente o melhor para a gente e para quem está ao nosso redor.

- Dá tempo de começar a dieta pra chegar sarada ao verão - lembre-se do maldito/bendito biquini. Acho que vou fazer isso!!

- Dá tempo de refazer amizades e relacionamentos que desfizemos até o natal - aí falta menos tempo, você precisa correr!!!

- Dá tempo de poupar um dinheiro pra comprar aquilo que você quer muito, mas acha que está caro!

- Dá tempo de colocar as finanças em dia e parar de gastar com supérfluos - preciso com muita urgência.

- Dá tempo de começar aquele projeto para o ano que vem - nem que seja começar a pensar nele.

Mas tem uma coisa que ainda tem muito tempo, mas muito mesmo.
CURTIR AS PESSOAS QUE AMA E DIZER-LHES O QUE SENTE POR ELES - NÃO PRECISA SER ATRAVÉS DE PALAVRAS, PODE SER POR ATITUDES MESMO.

Pra isso ainda tem tempo. Mas faça logo, porque se você deixar pra depois esse tempo que falta até o final do ano pode ser pequeno para reconquistar a confiança de uma pessoa. Acho que 163 dias é pouco, muito pouco para isso!

Preconceito

Pra mim poucas coisas nesta vida são mais chatas do que conviver com pessoas preconceituosas. O preconceito está quase na raiz do Brasil, mas a pessoa só é preconceituosa se quiser.

Esse tal de preconceito é um sentimento tão mesquinho, tão pequeno que me causa enjôo. Pior ainda quando vem de pessoas estudadas, escoladas ou ditas religiosas. Porque o ignorante não sabe o que fala, então precisamos ajudá-los a ver o mundo de outro prisma.

Aos preconceituosos estudados eu sugiro uma pausa nos livros, no mundo acadêmico e convido a uma viagem ao mundo real. Um mundo que tem diferenças e discordâncias. Sair da bolha e olhar para o mundo, não o seu, mas o que está a sua volta. Não adianta apenas olhar, é preciso sentir, viver, conviver.

Aos preconceituosos religiosos, peço apenas um resgate do que aprenderam mas não compreenderam e não colocam em prática.

Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós. (Mateus, VII: 1-2).

E para todos os outros, caso não tenham conhecimento, relembro: Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito á vida, à liberdade, á segurança e à propriedade (...)CONSTITUIÇÃO FEDERAL Capítulo I - Artigo 5º.

Pense nisso. Ah, pense também em outra coisa: Faça com o outro apenas o que você gostaria que fizessem com você. Simples, né!? Nem tanto. É um exercício diário.

Só pra finalizar. Preconceito é coisa de gente pobre de espírito que acha que pra ser respeitada a pessoa precisa estar dentro dos moldes da sociedade (Alô!? Estamos em 2009!!). Coisa de gente que usa preto e branco sempre pra não errar, pra não fugir do padrão, do pré estabelecido
.
Na verdade eles tem é medo de parecerem diferentes e serem julgados como julgam. É... o feitiço pode mesmo voltar contra o feiticeiro.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Mais uma pra os amigos...

Recebi de uma amiga... Sabe aqueles textos prontos de internet!? Mas esse foi de encontro com tudo o que sinto pelos meus queridos amigos. Veja aí, meninas e me digam se essas coisas não são a nossa cara!?

Pela amizade que você me devota,
por meus defeitos que você nem nota...(ah, vocês notam...mas esquecem rapidinho)

Por meus valores que você aumenta,
por minha fé que você alimenta...

Por esta paz que nós nos transmitimos,
por este pão de amor que repartimos...(muito, muito)

Pelo silêncio que diz quase tudo,(essas duas frases foram as melhores e só quem se conhece muito pode perceber isso)
por este olhar que me reprova mudo...

Pela pureza dos seus sentimentos,
pela presença em todos os momentos...

Por ser presente, mesmo quando ausente,
por ser feliz quando me vê contente...

Por este olhar que me diz:
"Amigo, vá em frente!"

Por ficar triste, quando estou tristonho,
por rir comigo quando estou risonho...

Por repreender-me quando estou errado,(!!)
por meu segredo sempre bem guardado...(!!!!!!!!!!)

Por seu segredo, que só eu conheço(ops... não conto!!)
e por achar que só eu mereço...(muito verdade, heim!?)

Por me apontar pra Deus a todo o instante,
por esse amor fraterno tão constante...

Por tudo isso e muito mais eu digo:
"Deus te abençoe, meu querido amigo!"

Feliz dia do Amigo!

Feliz daquele que tem um amigo. Isso mesmo. Amigo é o tipo de coisa que a quantidade não faz a menor diferença. Se tiver muitos, ótimo. Mas se tiver poucos e ótimos amigos, melhor ainda.

Eu estou na segunda lista. Tenho realmente poucos, mas bons, leais e sinceros amigos e amigas.
Amigos que sei que nos melhores e piores momentos estarão ao meu lado!
Há pouco tempo descobri que amigo mesmo é aquele que está com você na alegria. Sim, porque estar na tristeza é fácil. É muito fácil compadecer-se na dor, chorar com a tristeza do outro, ajudar, estender a mão.

Difícil mesmo é estar presente na alegria, ficar alegre com uma conquista do seu amigo sem querer essa conquista pra você, sem sentir inveja. Pular junto com ele de coração aberto, sentindo que aquela conquista é do seu amigo mas é sua também.
Só consegue ser feliz na alegria e alegrar-se com isso quem sabe cada pedacinho da vida desse amigo, que está presente, nem que seja em pensamento.

Graças a Deus tenho muitos amigos assim. E cada um deles quando ler esse post vai saber que é dele que eu estou falando.

Obrigada por vocês existirem, amigos queridos. Beijo.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Uma questão de opinião

Precisamos com urgência entender que opinião é uma coisas pessoal - cada um tem a sua e ninguém precisa concordar com ninguém.

Na maioria das vezes as pessoas acham que uma opinião é lei. Tenho algumas teorias para isso:

1) Claro, é muito complicado pensar e ter a sua própria opinião uma vez que é necessário queimar fosfato.

2) Essas pessoas não tem capacidade de bater lé com cré e então concordam com qualquer opinião, afinal, para defender qualquer que seja um ponto de vista é preciso argumentar, e pessoas que pensam e argumentam estão quase em extinção!!!

Além das que concordam, tem as que discordam. Também tenho teorias:

1) São pessoas que precisam colocar a massa cinzenta pra funcionar (ou querem que alguém ache que elas tem massa cinzenta, em outras palavras, dar pinta), então precisam colocar toda a sua oratória pra fora e discutem, mesmo que não tenha o que ser discutido.

2) São pessoas que acham que tem o rei na barriga e opinião boa mesmo é a dela!

3) E tem as "do contra" mesmo. Elas podem até concordar, mas pra quê simplificar se a gente pode complicar.

Hã!? Heim..!? Qual a parte do M-I-N-H-A opinião que essas pessoas não entenderam!?

Então, só pra finalizar. Opinião é uma coisa que não é pra ser discutida ou concordada. É pra ser ouvida e guardada e ponto!

Morrer

Não sei como é morrer, mas sei como é sobreviver após uma morte. A palavra é essa mesmo: sobreviver.

A morte (e não é aquela do Maurício de Souza, não).
No primeiro momento a sensação é de que aquilo não está acontecendo, que é um sonho, que tudo vai mudar. A pessoa vai te ligar e dizer que é tudo uma brincadeira.

Depois a ficha começa a cair e você pensa que nada mais daquilo que você planejou faz o mínimo de sentido. Tudo cai por terra e fica o pensamento: o que vai ser daqui pra frente?

Aí vem a prova de fogo: caixão, cemitério, velas, choro, lágrimas, pessoas chorando, enterro, velório, corpo dentro do caixão.
Somos humanos e temos sentimentos então não conseguimos pensar que aquela pessoa que está dentro do caixão não tem mais vida, que é apenas um corpo, que seu espírito (sua vida) não está mais ali, é apenas carne e osso. Impossível.

Errei, a pior cena é o sepultamento, sim, colocar aquela pessoa trancada dentro do caixão em um buraco na terra. Como!? Essa pessoa estava do meu lado outro dia e agora está alí dentro!? Não, não pode, é mentira.

Ok, acabou, vamos pra casa. E agora? As roupas, os pertences, as fotos, o perfume em cima da pia do banheiro, a escova de dentes, os sapatos. O cheiro pela casa. O que fazemos com tudo isso?

Agora tem o cartório. Sim, quando nascemos fazemos a certidão de nascimento, que felicidade, mas quando morre-se alguém precisa fazer a certidão de óbito. Quem? Pega o laudo no hospital pra colocar no atestado o motivo da morte. Isso mesmo, a pessoa que você tanto ama - que antes era um corpo dentro de um caixão - agora é um pedaço de papel com nome e nome da doença.

Sentimento? No começo insanidade: perde-se a noção de data, hora, nomes, tudo. Depois dor. Muita dor. Uma dor lancinante. E não é no sentido figurado não. Dói mesmo.

Depois de muito tempo a dor passa a ser saudade. Mas não uma saudade alegre não. Uma saudade doída, que incomoda. Lembra do perfume, do cheiro, do creme de barbear!? Então, todos eles te remetem a coisas boas e isso ainda dói.

Hoje? Hoje a saudade ainda dói, mas dói mesmo. Quantos percursos de casa pra trabalho e do trabalho pra casa não foram encharcados de lágrimas e soluços. Mas já dá pra segurar a onda e lembrar das coisas boas e dar sorrisos, mesmo que retesados, mas já dá pra segurar a lágrima e deixar ela pra o percurso diário pra o trabalho.

Ficar de preguicinha....hummmmmmmm



Coisa boa da vida é ficar em casa no final de semana de preguicinha, né!?
Hummmmm, acordar tarde, ficar na cama até as costas doerem, comer na cama, trocar de lado porque está com dor no pescoço, assistir todas as séries que a TV a cabo/Sky exibirem, assistir a vários filmes aguinha com açúcar e chorrar horrores, comer pipoca (eu prefiro Doritos), tomar Coca Cola, dar uma cochiladinha no meio do filme, levantar, arrumar a cama, tomar banho, deitar de novo, assistir mais umas duas séries e ver outro filme.....

Hummmmm, ótima pedida pra esse final de semana!!
ADOROOOOOOO

Solidão

Se existe uma coisa nessa vida para qual eu não tenho vocação, essa coisa é a solidão.
Quando eu falo solidão não é aquele momento que a gente adora de ficar sozinha com a gente mesmo e tal... essa coisa bucólica! Não não é esse momento, não. É solidão, no sentido lato da palavra.

Acordar sozinha sem ninguém pra dar bom dia ou dividir a mesa do café da manhã.
Chegar em casa sem ninguém para nos dar um sonoro "Boa Noite" quando adentramos a casa, conversar sobre as amenidades e os problemas do dia. Pior mesmo é apagar a luz e não ter ouvido o clássico "Boa noite, durma bem" de ninguém, só do Willian Bonner.

Fazer comida só pra você, chegar em casa e as luzes estarem apagadas, assistir filme sozinha, ninguém pra te dar colo quando o choro vem e dá aquele nó na garganta.

Sabe aquela solidão de lavar a roupa assoviando ou contando um caso pra você mesmo pra parecer que tem alguém na frente do tanque?
Aquela que conversamos na frente do espelho com a gente mesmo, mas loucas pra ter alguém sentado na tampa do vaso ouvindo as nossas conversinhas femininas: como eu engordei, como estou ficando enrrugada, como sou gata...

É... solidão é pra poucos... e não desejo pra ninguém..

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Amigos. Amigas no caso...


Trabalho no mesmo lugar há exatos 5 anos e 4 meses. Ui!!!
Nesse período aconteceram coisas boas, muito boas, ruins, muito ruins e péssimas na minha vida. Mas tô viva!!!!!!

Vou falar das boas... vou deixar as ruins pra outro dia - hauhauhauhaua.

Bem, durante todos esses anos muitas pessoas já passaram por essa empresa. Pessoas ótimas, criativas, loucas, desequilibradas, artistas, nojentas, simples, competentes, enfim, muita gente mesmo, gente de todo tipo. Mas dessas, 5 tem um lugar especial, um terreno em área nobre no meu coração.
Essas pessoas são tão queridas que formaram uma pequena mas indestrutível panella. Sim, uma panella com dois L.

Foram essas 5 meninas (sim, são todas meninas - uma panella rosa) que seguraram a minha onda durante vários períodos nebulosos e alegres da minha vida. Que me proporcionaram momentos muito felizes e engraçados. Que sabem, só de olhar na minha fuça que eu não tô bem!!
Enfim, verdadeiras amigas. Cada uma é diferente da outra, e muito. Mas amo cada uma de um jeito muito especial.

Pra mim, amigos são pessoas que escolhemos para estar perto de nós, então podemos e devemos ter apenas bons exemplares em nosso rol!!

Eu tenho, elas são tudo de bom!

Amor


Como é gostoso amar.
Como é bom acordar ao lado da pessoa que você ama, dormir ao lado dessa pessoa, acordar com o sorriso dela, conquistar coisas com ela!!!

O amor é meio cruel. Às vezes sofremos por amor, choramos, nos descabelamos, mas depois estamos às gargalhadas...ah... o amor!!!

Na minha humilde opinião amar é ceder, é compartilhar, é não deixar que os problemas afetem esse sentimento. É um sentimento que precisa ser regado todos os dias, como planta!

Amar é bom demais... Amar demais pode!!! Ah, se pode!
O amor que não pode acabar é o amor próprio. O resto, tá valendo!!

Perder

Porque as pessoas saem das nossas vidas? E quando eu digo sair não estou falando em morrer somente. Falo também das pessoas que somem mesmo, desaparecem, pessoas que nunca mais vemos.

Perder é um sentimento muito ruim. Se perdemos o ônibus ficamos irados, se perdemos uma coisa que gostamos muito ficamos muito putos da vida. Imagine perder pessoas!?

Dá pra alguém explicar o por quê disso?

Falemos das vivas. Perdemos o convívio porque mudaram de cidade, de país, de emprego, de namorado, de academia, de faculdade. Deixamos de conviver com essas pessoas pelo simples fato da nossa pseudo falta de tempo (que não é desculpa pra ninguém, convenhamos). Dar um telefonema, mandar um email, passar na casa das pessoas pra tomar um café e comer um pedaço de bolo (quando convidado, claro) não mata ninguém, a não ser que seja de rir.
Porque será que deixamos pessoas maravilhosas passarem como brisa pela nossa vida e não as agarramos? Tô perguntando porque não sei, mesmo.

Várias pessoas já passaram pela minha vida. Pessoas boas, ruins legais, simpáticas, antipáticas e tal, mas as boas a gente tem que segurar e não deixar ir embora. Mas foram. Foram e deixaram muitas saudades. Saudades de momentos bacanas que vivemos, de conversas boas que tivemos, gargalhadas que demos, enfim, coisas boas que não voltam mais.

Não podemos largar essas pessoas. Só devemos tirar quem a gente gosta da nossa vida se um dos dois morrerem, afinal não vai ter jeito. A dona morte é implacável.

E as que morreram. Essas sim, as vezes saem das nossas vidas na hora errada. Normalmente saem na hora errada, na hora que era para ela ficarem elas inventam de morrer!! Pra quê isso, meu Deus?

No começo ficamos perdidos, sem saber como ocupar o lugar que essas pessoas deixaram no nosso coração. No começo é tristeza, é desespero, é dúvida. Depois todos esses sentimentos passam para uma dorzinha fina, aquela que dói o tempo todo, o dia inteiro e não deixa a gente se concentrar em nada. Sabe quando você está com uma sandália de tirinhas finas e a costura da sandália está em cima de uma bolha d'água!? Então, é essa a dor.

Depois, o sentimento é de saudade. De vazio, de lembrança. É ficar pensando como seria aquele momento se aquela pessoa estivesse viva. É lembrar com alegria da presença dessa pessoa.

Pra morrer basta estar vivo. Todo mundo nasce, vive e morre. Simples né!? Porra nenhuma. Ninguém, por mais sábio que seja, consegue lidar normalmente, sem dar piti, sem dar xilique, com a morte.

O que eu sei mesmo é que esse negócio de perder não é fácil não. É quase impossível lidar com lucidez e calma com a perda, principalmente se ela for pra sempre.

O negócio e não perder nada, é colocar todas as pessoas que amamos debaixo da nossa saia!!
Assim não tem desculpa!!

Viver

Como é dificilmente gostoso viver.
Mesmo com todas as dificuldades, perdas, danos, mal humores, insatisfações, irritações, brigas, chaturas, desamores, como é bom acordar ao lado da pessoa amada e encontrar pessoas que você ama e te fazem bem: amigos por exemplo.

A vida é feita de desafio e glórias - vamos combinar que muitas vezes mais desafios do que glórias. Mas como é bom também conquistar algo que nos deu muito trabalho... ah, tem um gosto muito mais especial.

Eu acredito que tudo o que vem de ruim vem para nos ensinar. Consigo, e acho que isso é um poder que Deus me deu, ver o lado positivo de qualquer situação, seja ela qual for - inclusive a morte (vou falar dela em outra oportunidade).

Sou nova, mas muitas coisas já aconteceram na minha vida. Todas as ruins me trouxeram ensinamentos maravilhosos. Claro que no primeiro momento, achei que meu mundo ia cair, que nada mais ia dar certo e que não ia me adaptar às mudanças. Mas não: depois de um tempo e não muito (graças ao presente divino do discernimento), consegui perceber perfeitamente qual era o ensinamento trazido por aquela situação.

Viver é bom demais... nos tornamos cada dia melhores, cada dia mais fortes e envolvidos pela carapaça da experiência.

Quero viver muito mais...